domingo, 9 de setembro de 2012

Orações Subordinadas em vídeo aulas! Prova Luiz


Material de apoio aos companheiros do Curso de Letras!



Abraço e bons estudos a todos!

Matéria Prof. Luiz Orações Subordinadas

Pra tirar 10 na prova...

Orações Subordinadas Adjetivas


Orações adjetivas são aquelas orações que exercem a função de um adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Elas são sempre iniciadas por um pronome relativo e servem para caracterizar algum nome que aparece na estrutura da frase. Há dois tipos de orações adjetivas: as restritivas e as explicativas.

O. S. Adjetivas Restritivas: funcionam como adjuntos adnominais e servem para designar algum elemento da frase. Não pode ser isolada por vírgulas, e restringe, identifica o substantivo ou pronome ao qual se refere.

Exemplo:

- Você é um dos poucos alunos
que eu conheço.
Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva

- Eles são um dos casais
que falaram conosco ontem.
Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva

- Os idosos
que gostam de dançar se divertiram muito.
Suj. + O.S. Adjetiva Restritiva + VI + adj. Adv.

O. S. Adjetivas Explicativas: ao contrário das restritivas, são quase sempre isoladas por vírgulas. Servem para adicionar características ao ser que designam. Sua função é explicar, e funciona estruturalmente como um aposto explicativo.

Obs: pode ser retirado da frase sem haja prejuízo a compreensão da mesma! depende de que sentido o autor quer utilizar!

Exemplo:

- Meu tio, que era advogado, prestou serviços ao réu.
Sujeito + O.S. Adj. Explicat. + VTDI + OD + OI

- Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves.
Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VTD + OD

- Os idosos, que gostam de dançar, se divertiram muito.
Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VI + Adj. Adv.



Uma oração é considerada subordinada adverbial quando se encaixa na oração principal, funcionando como adjunto adverbial. São introduzidas pelas conjunções subordinativas e classificadas de acordo com as circunstâncias que exprimem. Podem ser: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais.

- causais: indicam a causa da ação expressa na oração principal.
As conjunções causais são: porque, visto que, como, uma vez que, posto que, etc.
Ex: A cidade foi alagada porque o rio transbordou.

- consecutivas: indicam uma conseqüência do fato referido na oração principal.
As conjunções consecutivas são: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que, etc.
Ex: A casa custava tão cara que ela desistiu da compra.

- condicionais: expressam uma circunstância de condição com relação ao predicado da oração principal. As conjunções condicionais são: se, caso, desde que, contanto que, sem que, etc.
Ex: Deixe um recado se você não me encontrar em casa.

- concessivas: indicam um fato contrário ao referido na oração principal. As conjunções concessivas são: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto que, etc.
Ex: Embora tudo tenha sido cuidadosamente planejado, ocorreram vários imprevistos.

- conformativas: indicam conformidade em relação à ação expressa pelo verbo da oração principal. As conjunções conformativas são: conforme, consoante, como, segundo, etc.
Ex: Tudo ocorreu como estava previsto.

- comparativas: são aquelas que expressam uma comparação com um dos termos da oração principal. As conjunções comparativas são: como, que, do que, etc.
Ex: Ele tem estudado como um obstinado (estuda).

- finais: exprimem a intenção, o objetivo do que se declara na oração principal. As conjunções finais são: para que, a fim de que, que, porque, etc.
Ex: Sentei-me na primeira fila, a fim de que pudesse ouvir melhor.

- temporais: demarca em que tempo ocorreu o processo expresso pelo verbo da oração principal. As conjunções temporais são: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, antes que, desde que, ...
Ex: Eu me sinto segura assim que fecho a porta da minha casa.

- proporcionais: expressam uma idéia de proporcionalidade relativamente ao fato referido na oração principal. As conjunções proporcionais são: à medida que, à proporção que, quanto mais...tanto mais, quanto mais...tanto menos, etc.
Ex: Quanto menos trabalho, tanto menos vontade tenho de trabalhar.

Algumas orações subordinadas adverbiais podem apresentar-se na forma reduzida, com o verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. São:

- causais: Impedido de entrar, ficou irado.
- concessivas: Ministrou duas aulas, mesmo estando doente.
- condicionais: Não faça o exercício sem reler a proposta.
- consecutivas: Não podia olhar a foto sem chorar.
- finais: Vestiu-se de preto para chamar a minha atenção.
- temporais: Terminando a leitura, passe-me o texto.


Por Marina Cabral


Dúvida comum devido à tantos PORQUES.

O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.

Por que

O por que tem dois empregos diferenciados:

Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:

Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)

Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.

Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)

Por quê

Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.

Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.

Porque

É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.

Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)

Porquê

É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.

Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)


Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras

Pressupostos, Subentendidos e Semântica argumentativa



Linguística II
Pressupostos, Subentendidos e Semântica argumentativa.
Conceituando a pressuposição:
Pressupostos são idéias não expressas de maneira explícita, que decorrem logicamente do sentido de certas palavras ou expressões contidas na frase.
Relação de sentido entre duas proposições em que se P é verdadeira, Q também é verdadeira, mas se P for falsa, mantém-se verdadeira. A sua propriedade permanece mesmo quando se faz a negação da proposição
MARCADORES QUE SERVEM DE PRESSUPOSTOS?
1)Adjetivos(ou palavras similares)
 Julinha foi minha primeira filha.
2)Verbos que indicam mudança ou permanência de estado(por exemplo,permanecer,continuar,tornar-se,vir a ser,ficar passar[a], deixar[de], começar[a], converte-se, transformar-se, ganhar,perder):
Renato continua doente.
3)Verbos que indicam um ponto de vista sobre o fato expresso pelo seu complemento(por exemplo, pretender, supor, alegar, presumir, imaginar):
 
Hussein pretende que o Kwait faça parte do território iraquiano.
4)Certos advérbios:
 
A produção agropecuária brasileira está totalmente nas mãos dos brasileiros
5) Certas conjunções:
Frequentei a Universidade,mas aprendi bastante.
As descrições definidas
As descrições definidas geram as chamadas pressuposições de existência; dado tal descrição, toma-se como pressuposição a existência da expressão definida:
a. O homem aranha salvou toda a cidade
a’. O homem aranha não salvou toda a cidade.
a’’. O homem aranha salvou toda a cidade?
a’’’. Se o homem aranha salvou toda a cidade, ....
b. Existe um homem aranha  e existe uma cidade.
Pressuposições com verbos factivos
Outros tipos de desencadeadores são os lexicais. Por exemplo, os verbos
chamados factivos (saber, lamentar, adivinhar, perceber, estar triste com, estar contente com, etc.) são desencadeadores, porque eles pressupõem a verdade do seu complemento sentencial:
Contrariamente, os verbos não-factivos (imaginar, pensar, achar, etc.) não pressupõem a verdade de seus complementos
Pressuposições com verbos implicativos
Verbos implicativos são do tipo: conseguir, esquecer, evitar que...
Pressuposições com orações subordinadas
Existem, também, alguns tipos de orações subordinadas, como as temporais e as comparativas, que desencadeiam a pressuposição em (b):
Na leitura,é muito importante detectar os pressupostos,pois eles são um recurso argumentativo que visa a levar o leitor ou ouvinte a aceitar certas ideias.Como assim?Ao introduzir um conteúdo sob a forma de pressuposto, o falante transforma o ouvinte em cúmplice, pois a ideia implícita não é posta em discussão,a apresentada como se fosse aceita por todos, e os argumentos explícitos só contribuem para confirmá-la.O pressuposto aprisiona o ouvinte ao sistema de pensamento montado pelo falante
SUBENTENDIDOS
São insinuações, não marcadas linguisticamente, contidas numa frase ou em um conjunto de frases, estão presentes até mesmo nas falas.
Exemplo: Que frio terrível!
Poderia estar insinuando.... ????
A leitura reflexiva é considerada um ato cognitivo que envolve processos múltiplos, como percepção  e reflexão sobre um conjunto complexo de componentes de que se constitui a estrutura de um texto.
Diferença entre Subentendido e Pressuposto
O PRESSUPOSTO é uma informação estabelecida como indiscutível, tanto para o falante como para o ouvinte, pois este decorre explicitamente de um elemento linguístico colocado na frase.
É direto, expressa o sentido literal das falas ou frases.
Já o SUBENTENDIDO é de responsabilidade do ouvinte. O falante pode esconder-se atrás do sentido literal das palavras e negar que tenha dito o que o ouvinte depreendeu de suas palavras.
Assim o SUBENTENDIDO, diz sem dizer, sugere, mas não o diz!
O SUBENTENDIDO é de responsabilidade do leitor ou ouvinte, pois depende diretamente do que este irá depreender do enunciado.
O SUBENTENDIDO serve muitas vezes para proteger o falante. Com ele é possível transmitir uma informação sem se comprometer, visto que ele depende das inferências feitas pelo receptor da mensagem.
Depende de ativação de conhecimento prévio, da estrutura textual e do conhecimento de mundo. Tudo isso para a formação da criação de sentido. Alia-se a isso o contexto social, político e histórico, como forma de tornar clarividente a formulação discursiva.
Destinador e destinatário!
Encontrando os Subentendidos 
Para observar os Subentendidos, deve-se investigar não apenas a estrutura do texto, mas também avaliar todo seu envolto social, o que lhe é externo e o que contribui para a produção efetiva dos sentidos ali implícitos.
Na Produção, um texto, seja ele um enunciado oral ou escrito, é um processo de escolhas, uma produção com objetivos e funções previamente definidas.
A SEMANTICA ARGUMENTATIVA
A semântica argumentativa ou semântica da enunciação ou macrossintaxe do discurso, segundo Koch(2002) tem por função identificar enunciados cujo traço constituído é o “de serem empregados com a pretensão de orientar o interlocutor para certas tipos de conclusão, com exclusão de outros”.
A semântica argumentativa foi desenvolvida a partir das propostas de Austin(1962) e Benveniste(1966).
Ducrot (1981) salienta que essas marcas pertencem a própria organização da língua: há estratégias que manipulam,argumentativamente,a significação de um enunciado.
Segundo Aquino(1997), as estrategias auxiliam na orientaçao argumentativa que se quer dar ao enunciado, já que a seleção de determinada estratégia.
 
 
É importante salientar que existe na gramática de cada língua uma serie de morfemas responsáveis por esse tipo de relação, que funcionam como operadores argumentativos. Operadores  argumentativos são os quais dão ao texto a orientação argumentativa,isto é,  orientam seu sentido em uma certa direção e por isso constituem-se em importantes marcas da enunciação. Koch(1996).
 
Bibliografia:
    CHARAUDEAU, Patrick. Linguagem e discurso: modos de organização. São Paulo: Contexto, 2008
FIORIN, Luiz José. Linguagem e Ideologia. São Paulo: Ed. Ática, 2000
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio de Janeiro, Lucerna, 2007a.
FORIN, José Luis; SAVIOLE, Francisco Platão. Lições de textos: Leitura e Redação. São Paulo: Ática, 1996. (pg. 305 a 311)
ILARI,R. e GERALDI,JW.Semântica.Série Princípios.V8.São Paulo:Ática,2002.
blog.educacional.com.br/. Acessado em 20 de agosto 2012.
—Material usado no seminário da Prof. Sônia.